sexta-feira, 26 de novembro de 2010

sexta-feira 26


Quando tudo parece mau, o que poderia acontecer? Ficar ainda pior! Dias de merda estes, vida de merda esta. Tudo parece estar contra mim. Já não luto o suficiente contra tudo isto ainda aparecem mais obstáculos, mais problemas! Não poderia estar mais chateado (ia dizer que a bocado estava mais, mas os meus pais acabaram de conseguir fazer com que isso fosse mentira!). Mas por mais chateado que esteja e que possa ficar amar-te-ei sempre, hás-de ser sempre a minha vida amor.

(PS isto já passa (em principio))
(PS2 o titulo é só para mostrar que não é preciso ser sexta-feira 13 para ter azar)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Saw VII


Bem, é o último filme da saga (infelizmente ultimo). Ver no cinema em 3D, é mesmo muito fixe, simplesmente brutal! Foi um dos filmes da saga que mais gostei até agora. Penso que este foi o filme em que morreu mais pessoas, e bem, explicaram algumas coisas que já me tinham deixado algumas duvidas, por exemplo, o que tinha acontecido a uma certa personagem. Podem pensar que eu sou parvo, mas fartei-me de rir com o filme, achei realmente muita piada, e ser em 3D ajudou a esse facto pois era muito giro ver bocados de carne voarem na nossa direcção. Aconselho este filme a quem gosta de género terror e thriller (já sei que há duas pessoas vão ver, espero que gostem (ps não contei nada do filme por vossa causa xp)).

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pesadelos - VIII

Abriu a caixa. A primeira coisa que lhe saltou à vista foi um recorte de jornal de há muito tempo. O titulo era “três crianças morreram e uma desapareceu perto do cemitério”. Aquele jornal datava de há nove anos antes, isso queria dizer que mesmo aquelas crianças que haviam fugido acabaram por morrer. Continuou a examinar o interior daquela misteriosa caixa. Encontrou a sua antiga adaga, ainda manchada de sangue, um livro preto apenas com um pentagrama na capa e o cálice largo usado no ritual. A resposta tinha de estar no livro. Abriu e começou a ver, mas não conseguia ler o que quer que fosse, estava tudo em latim e não tinha tempo para andar à procura de uma tradução. Folheou o livro inteiro e no final encontrou algo escrito por Nelson.
“Último recurso:
Lavar a adaga com água benta, limpando o sangue, e espetá-la no peito em forma de sacrifício e forma de redenção perante o espectro criado”
Esta não podia ser a solução. Aquilo acabava por resultar no mesmo, estava condenado a uma morte certa de qualquer das formas. Voltou a folhear o livro, tinha de encontrar mais alguma coisa. Folheou até à última pagina, nada mais havia escrito naquele maldito livro. Olhou novamente para o que estava escrito e pareceu-lhe ver algumas letras no final. Esfregou a página como que a limpar alguma sujidade que tapasse o que quer que estivesse escrito. Finalmente pode ler, mas ficou na mesma situação pois não percebia o que lá se encontrava na letra de Nelson.
“Onrefni on redra e amla a redrep euq adiv a redrep elav siam”
Sentou-se na cama desesperado. As lágrimas misturaram-se com o sangue do seu nariz. Estava realmente condenado. Ia morrer e não havia nada que pudesse fazer… resolveu escrever aquelas estranhas palavras numa folha de papel, também não tinha nada a perder. As suas dores de cabeça aumentavam, e o sangue percorria o seu queixo e pescoço. Foi até à casa de banho, ainda com o papel meio amarrotado na mão. Pousou-o junto ao lavatório e lavou a cara. Teoricamente ajudaria a parar o sangue. Olhou para o seu reflexo durante um momento, então fixou-se no espelho. Dizem que o espelho é o espelho da alma, e era isso que estava a tentar ver. Então finalmente percebeu o que tinha de fazer.

Pesadelos - VII

Saiu do carro e dirigiu-se à porta da antiga casa do amigo. Bateu e aguardou um pouco até que a mãe do amigo lhe abriu a porta. Era uma senhora baixa e com um pouco de peso a mais, era morena e tinha os olhos castanhos.
-Boa tarde meu jovem, que deseja.
-Boa tarde… ah… eu sou amigo do seu filho Nelson… gostaria de saber…
Repentinamente a mulher desatou a chorar cortando-lhe a palavra. Voltou-se para trás deixando a porta aberta atrás de si. Passado menos de um minuto um homem de bigode, já com alguns fios grisalhos. O homem não era muito alto mas algo nele era tenebroso dando-lhe um ar um pouco ameaçador.
-A sua mulher começou a chorar… eu não sei o que se passou, não fiz nada, acho…
-Que queres daqui rapaz?
-Bem, eu sou amigo do seu filho Nelson e…
-Já percebi porque é que ela começou a chorar. Não sei se soubeste mas… mas o meu filho… bem, ele… ele morreu há já três anos…
Viu a sua última esperança desaparecer. Aquela era a única forma que tinha de se livrar de tudo aquilo. Só havia uma coisa a fazer, desistir. Ou talvez não, talvez ainda houvesse algo…
-Mas… mas como é isso possível, como é que ele morreu?
-Acidente. Morreu naquele maldito Ferrari! O carro não ficou com um único risco, mas o meu filho… os médicos dizem que não tinha um osso inteiro ou um órgão que não estivesse deformado.
-Posso ver o quarto dele?...
-Que queres de lá?
-Ah… despedir-me…
Após alguns momentos de silencio o homem indicou que o seguisse. Quando entrou para o corredor da casa pode ver ao que a mãe do amigo se encontrava numa das divisões à direita, que deveria ser a cozinha, a chorar. Seguiram sempre em frente pelo corredor até que chegaram a umas escadas que subiram e entraram na primeira porta à direita. O quarto parecia estar como Nelson o havia deixado, não estando totalmente arrumado mas bastante limpo. Estiveram alguns minutos no quarto sem proferir uma palavra.
-Já te despediste?
-Ah… não me poderia deixar um pouco sozinho?
O homem ficou a olhar para ele como se o estivesse a examinar por dentro para decidir se o deixaria ou não ficar no quarto do falecido filho sozinho. Acabou por decidir e sem mais nada dizer saiu do quarto fechando a porta atrás de si. estava na altura de procurar. Olhou para a grande estante repleta de livros, não pareciam nada de Nelson, pelo menos duvidava que ele algum dia os tivesse lido. Por outro lado, havia muitas coisas no amigo que parecia desconhecer por isso era bem provável que fosse natural ele ter tantos livros. Nenhum dos títulos o chamou a atenção e continuou a procurar. Nada encontrou. Procurou por todo o lado mas não encontrou nada de útil. Tinha que lhe estar a falhar alguma coisa. Debaixo da cama, como é que se poderia esquecer de procurar aí? Logo encontrou uma grande caixa preta. Estava fechada com um cadeado e tinha um pentagrama desenhado na tampa. Tinha de ser aquilo, mas como ia levar aquela grande caixa sem que os pais do amigo dessem conta? Olhou à sua volta. A única opção era atira-la pela janela e esperar que nada no seu interior se quebrasse. Não pensou duas vezes antes de atirar a grande caixa pela janela, e mesmo a tempo pois no segundo seguinte o pai do seu amigo entrou pela porta dentro.
-Acho que já chega de despedidas não concordas?
-sim.
Assim que começou a descer as escadas que davam para o corredor começou a sangrar novamente pelo nariz. Desta vez não sangrava tanto como da primeira e o pai de Nelson só se apercebera quando já se encontravam à porta.
-Estás bem rapaz?
-Isto já passa, não se preocupa. – Disse virando costas para rodear a casa e ir apanhar a caixa que minutos antes tinha atirado pela janela.
Não demorou a encontrar a caixa, assim que se debruçou para a apanhar o caudal de sangue do seu nariz aumentou, tal como as dores de cabeça. Quando levantou a cabeça ao longe viu novamente a sombra de olhos vermelhos, parecia saber o que detinha naquele momento nas mãos. Caminhou até ao carro com a caixa nas mãos à frente do seu peito. Em alguns segundos também a caixa ficou com manchas vermelhas do seu sangue. Não podia ligar àquilo nem às suas dores de cabeça, por mais agoniantes que fossem. Abriu a porta do pendura e colocou a caixa presa com o cinto de segurança, em seguida entrou também ele no carro. Conduziu até casa com esforço, quase já sem ver o caminho por causa das dores de cabeça. Apenas parou o carro na garagem, passando por semáforos vermelhos e STOPs sem sequer abrandar. Soltou a caixa do cinto e levou-a consigo para o elevador. Carregou no quatro e aguardou que o elevador subisse. Pouco depois de passar pelo terceiro andar olhou para o reflexo das portas de metal e viu-se com lágrimas de sangue, mas já nem ligou. Saiu do elevador e entrou no seu apartamento, abrindo a porta um pouco a custo. Colocou a caixa negra por cima da mesinha de centro que se encontrava no meio dos sofás na sala. Foi até à pequena arrecadação e trouxe uma caixa de ferramentas. Pegou numa chave de fendas, preparando-se para forçar o fraco cadeado. Não devia ser difícil. Colocou a chave entre o cadeado e a caixa negra utilizando-a como alavanca. Fez força, bastante força e finalmente rebentou o cadeado, quase caindo. Agora ia ver o que continha aquela estranha caixa, ia ver a sua salvação.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pesadelos - VI

Continuou a correr. Não podia ser descoberto. Não o podiam apanhar. Mas de quem estava a fugir? Bem, tinha apenas de sair dali, tinha que procurar ajuda. Quem o havia posto naquela situação certamente também haveria de saber tirar. Mas há anos que não falava com ele, não sabia qual seria a sua reacção, mas tinha de ser, não tinha outra escolha. Seguiu a pé até à rua do seu prédio, que demorou um pouco pois era longe. Procurou nos bolsos das calças as chaves. Encontrou-as e subiu ao seu apartamento, tinha de procurar em papéis antigos a morada do amigo. A procura demorou um pouco, a dor de cabeça não ajudava, mas por fim encontrou o que procurava, uma lista que havia feito há vários anos com os nomes e as moradas dos seus melhores amigos. Reatava saber se ele ainda morava no mesmo sitio, certamente que não mas os seus pais ainda lá deveriam morar e ir-lhes-ia pedir a morada do filho. Foi até à cozinha, não comia nada há demasiado tempo e o seu estômago queixava-se com demasiada intensidade. Bebeu apenas um copo de leite, mais que isso o seu estômago não iria aceitar por muito tempo. Saiu do apartamento e carregou no botão do elevador. Demorou um pouco a chegar mas tinha de esperar, não existiam escadas para a garagem. Entrou no elevador e carregou no menos um. No terceiro andar entrou mais uma senhora que seguiu até ao primeiro e saiu não dizendo nem uma palavra. Estava já perto do seu destino quando o elevador parou. Carregou intensivamente no botão do menos um mas o elevador não queria mexer. Uma luz de presença era toda a luz ali. Olhou para uma das paredes de metal e saltou quando viu uma sombra de olhos vermelhos em vez do seu reflexo. Voltou a olhar e era apenas o seu reflexo e o elevador voltou a funcionar levando-o até à garagem. Assim que saiu do elevador lembrou-se que o carro não se encontrava ali e seria uma grande sorte se não tivesse sido rebocado da frente da pastelaria. Voltou a entrar no elevador, esperando que este não voltasse a parar. Subiu até ao rés-do-chão e saiu. Teria que andar até à pastelaria, mas não era muito longe. Chegou lá em alguns minutos. Miraculosamente o seu Toyota célica ainda se encontrava no mesmo local que o tinha deixado antes de ser levado para o hospital. Dois polícias encontravam-se na rua a discutir e ficaram espantados quando entrou no carro, o ligou e arrancou nele a toda a velocidade.
-Como é que o reboque não arrancou o carro do sitio e ele agora andou?...
Acelerou, tinha que despachar a chegar antes que um desastre acontecesse. Não ia demorar a chegar ao destino, não era muito distante, mas quanto antes resolvesse aquilo melhor. Chegou em alguns minutos, era agora, ia resolver todos aqueles tormentos. Quem lhe dera ter acordado para aquele problema antes, antes de ter perdido o mais importante que poderia ter perdido.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pesadelos - V

Nove anos antes…
Num cemitério, já não muito utilizado, numa sexta-feira treze de lua cheia, quase à meia-noite, encontravam-se seis rapazes com idades entre os onze e os quinze anos.
-Qual é mesmo a razão de estarmos aqui? – Perguntou um dos rapazes mais velhos.
-O simples facto de provavelmente não termos mais nenhuma oportunidade como esta na vida! – Respondeu outro dos mais velhos.
-Hum… e esta oportunidade, como dizes, é a oportunidade de?...
-A oportunidade de ter alguma coisa na vida! Anda faz isso e pára de fazer perguntas! – Disse apontado para o chão.
-Tá bem, tá bem…
Este último rapaz acabou de desenhar um grande pentagrama no chão e colocou uma vela em cada uma das cinco extremidades.
-O resto é contigo…
-Sim, eu sei.
Colocou um cálice largo de prata com um pó amarelado no seu interior no centro do pentagrama e rodeou-o com mais cinco velas, em seguida acendeu as velas que acabara de colocar e as outras que o amigo colocara antes.
-Trouxeste o que te pedi? – Perguntou afastando-o dos outros para que mais ninguém ouvisse a conversa.
-Sim, mas para que a queres?...
-Bem, para completar o ritual temos de fazer um sacrifício humano. Espero que estejas à altura da tarefa.
-Ah sim… Pera, O QUÊ?!
Virou costas deixando o amigo incrédulo e sem resposta. Este não acreditava no que se estava a meter. Nunca devia ter aceitado ir ali com aquele fanático, e acima de tudo, não devia ter trazido ninguém consigo. Estavam todos à sua espera no pentagrama para começarem o ritual. Agora já era tarde para voltar atrás, de qualquer das formas não acreditava naquilo. Dirigiu-se também para o pentagrama, já não havia volta a dar, não iria passar por cobarde. Quando lá chegou três dos rapazes estavam posicionados em três das extremidades do pentagrama e dois encontravam-se no centro junto ao cálice.
-Vem cá! – Ordenou o rapaz com quem acabara de falar.
Caminhou até ao centro onde estavam os outros dois. Para além do rapaz com quem estivera a falar e que o chamara estava o membro mais novo do grupo que apenas tinha onze anos de idade.
-Agora faz o que te disse. Rápido!
Não era capaz, não podia. Era apenas uma criança…
-Então? Faz isso depressa!
Tirou a adaga de prata do bolso do casaco, disposto a tentar completar a sua tarefa e a mostrar a sua força e coragem, mas não era capaz.
-Oh dá cá isso. – Disse tirando-lhe a adaga da mão e espetando-a no peito da criança de apenas onze anos.
Os seus olhos apagaram-se no segundo em que a adaga de prata ornamentada lhe trespassou o coração. O assassino arrancou-lhe a adaga do peito, colocou-a dentro do cálice e acendeu o pó amarelado que este continha.
-Invoco todos os espíritos negros para concederem os nossos desejos! Aceitem o nosso sacrifício, uma criança inocente pela vossa presença!
Os três rapazes que se encontravam em três das extremidades do pentagrama fugiram aterrorizados com o que presenciaram. Repentinamente um vento frio soprou e sombras surgiram de toda a parte, parecendo provir todas do chão daquele cemitério amaldiçoado e todas elas se dirigiam para eles.
-Não gosto nada disto…
-Não te preocupes, fui eu que as chamei, não nos irão fazer mal… acho…
As sombras disformes aproximavam-se cada vez mais e cada vez mais depressa. Não faziam ideia do que iria suceder, se iriam ficar bem ou mal. Mas então todas as sombras entraram no corpo sem vida da criança e por um segundo parecia que tinham desaparecido. Mas isso seria demasiado bom, então, o corpo da criança levantou-se e ficou com os olhos totalmente vermelhos.
-Nós somos grinmord. Por nos teres despertado iremos conceder-vos um desejo mas irá sair caro. – Disse uma voz grossa e tenebrosa a partir do corpo da criança.
-Eu, eu… quero um Ferreri!
-Hum… um carro… sim. Isso só custará a tua alma! Muahahahah….
-De acordo, mas não me faças mal…-disse molhando as calças.
-Um dia, quando eu quiser, virei para te buscar! E tu que queres?! – Disse apontado para o outro rapaz que ainda ali se encontrava.
-Eu… ofereço a alma da minha mulher, quando tiver uma. E quero… um bom carro e um bom emprego, bem, estar bem de vida…
-Hum… isso ir-te-á custar mais que a alma de alguém que não conheces! Suponho que a tua alma também faça parte do pacote. – Disse, libertando o corpo.
Todas as sombras deixaram o corpo numa só, que apresentava uma forma humanóide e uns olhos vermelhos. O corpo deixado no chão sem vida encontrava-se com a pele enegrecida e com os globos oculares vazios. Ambos tiveram que se esforçar por conter o vómito quando a seguir tiveram de cavar uma cova e pegar e enterrar aquele pequeno corpo que quase se desfazia nas suas mãos.
Nos dias seguintes pensou que estivesse a alucinar e com o tempo acabou por pensar que tudo aquilo não passara de uma partida que a sua mente lhe pregara, acabando quase por esquecer aquele assunto, até agora pelo menos.

domingo, 14 de novembro de 2010

Pesadelos - IV

Acordou a ouvir uns sons estranhos. A sua cabeça doía como nunca, e cada um daqueles bips era um tormento. Abriu os olhos para um quarto branco. Estava num hospital. Tinha fios ligados à cabeça e ao peito, um tubinho de soro espetado na veia perto do pulso e uma espécie de mola no dedo indicador para medir as pulsações. Mas como teria ele chegado ali, e porque o tinham levado? Provavelmente teria sido aquele polícia que o encontrara junto ao carro. As dores de cabeça começavam a aumentar, e estranhamente sentia algo que parecia queima-lo por dentro. Queria sair dali. Arrancou todos os fios e pôs-se de pé, para logo se sentar na sua cama. As suas pernas estavam um pouco fracas e estava tonto. Voltou a tentar.
-O senhor não se pode levantar assim. – Disse um outro homem que estava na cama ao lado.
-E quem me vai impedir? – Disse com arrogância, continuando a andar na direcção da saída.
Uma enfermeira chegou ao quarto e assustou-se ao velo levantado.
-O senhor não pode estar assim, tem de voltar já para a cama.
-Não posso. Não aguento ficar aqui, tenho que ir embora.
-Tem de voltar, o senhor não está em condições de andar a pé.
-NÃO! – Disse ao mesmo tempo que correu para a porta, derrubando a enfermeira.
Saiu para o corredor e virou à direita, mas foi barrado por um outro enfermeiro que ouviu a confusão e logo apareceram mais dois que o agarraram pelas costas e lhe injectaram algo que não viu o que era enquanto se debatia.
-Deixem-me ir, quero sair daqui, não posso ficar aqui, não. – Dizia antes de se apagar novamente.
Acordou passadas umas horas. Aqueles bips irritantes continuavam a infiltrar-se-lhe pelo cérebro. Tinha que sair dali, não aguentava, mas tinha que esperar, a ultima vez que tentara fugir não deu muito resultado. Fechou os olhos na esperança de adormecer novamente e parar de ouvir aqueles bips que o atormentavam, mas de nada adiantou. Sentiu um pingo cair-lhe na testa, e logo em seguida outro. Abriu os olhos e quase saltou da cama. No tecto as palavras “És meu” estavam escritas com sangue. Saltou da cama, ia sair dali. Arrancou todos os fios, procurou roupas nos armários ali existentes, e encontrou as suas, ainda sujas com sangue do seu nariz. Saiu ao corredor já vestido e tentou não correr. Não queria dar nas vistas. Andou e andou, os corredores pareciam-lhe todos iguais, mas por fim encontrou o caminho para a saída pelas urgências. Durante todo o percurso não foi abordado por ninguém, e quando estava já a sair á porta automática do hospital alguém o chamou.
-O senhor, hey, o senhor não pode estar aqui!
Era um dos enfermeiros que o tinha barrado antes, tinha que sair dali, mas o enfermeiro já o alcançara. Não havia mais nada a fazer. Virou-se para trás e esmurrou o enfermeiro com toda a sua força deixando este no chão. Atravessou a porta da saída a correr, antes que mais alguém decidisse tentar pará-lo. As dores de cabeça quase desapareceram por uns momentos, mas agora voltavam com ainda mais intensidade. Quase não aguentava, mas tinha que aguentar, a sua vida dependia disso. Aquilo tudo só poderia ser uma coisa. E ele que nunca acreditara naquelas coisas… talvez tivesse sido esse o seu erro desde o começo.

sábado, 13 de novembro de 2010

pausa


Sábado treze, será um dia de azar? Na minha opinião é um dia de tanto azar como uma sexta-feira treze. Ou seja, são apenas superstições estúpidas, um dia não é um dia de azar só por ser dia x ou dia y.

e já agora os gatos pretos dão tanto azar como os outros xp Não digo para não acreditarem em nada, mas não exagerem com as superstições.

(isto foi apenas para não sobrecarregar o blog com a história "Pesadelos". espero que esteja a ser interessante XD)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Pesadelos - III

Acordou com um grito. Estava gelado, e todo o seu corpo estava dorido. Aqueles pesadelos estavam a deixa-lo doido. Levantou-se devagar e olhou para a sua almofada e para a sua cama para ter a certeza de que tudo não passara de um sonho, felizmente estava certo. O chão estava seco e nada tinha acontecido. Foi até à casa de banho, não queria voltar a dormir. Há mais de duas semanas que aqueles pesadelos o atormentavam repetidamente. Olhou para o espelho vendo as suas enormes olheiras. Lavou a cara para de alguma forma tentar ficar com melhor aspecto. Então sentiu um sabor metálico na boca e um liquido para além da água a escorrer pelo nariz. Olhou para o espelho novamente e viu que sangrava desenfreadamente pelo nariz. Uma enorme dor de cabeça apoderou-se dele fazendo-o quase cair ao chão. O caudal do sangue que saia do seu nariz podia-se comparar ao da água que saia pela torneira. A sua cara estava a ferver, enquanto que o seu corpo parecia enregelar. Lavava a cara continuamente para tentar parar o sangue que saía pelo seu nariz. Começou a cuspir grandes coágulos de sangue que o começavam a atrofiar. A dor de cabeça não parecia querer abrandar. Mas passado algum tempo, finalmente o caudal sanguíneo proveniente do seu nariz diminuiu. A pedra branca do lavatório encontrava-se totalmente vermelha, nem a agua que saia continuamente da sua torneira conseguia limpar totalmente aquele sangue. Por fim saiu dali. Pegou numa toalha, também branca, que mudou de cor passado alguns minutos, e foi para o seu quarto. Mal via o que o rodeava, as dores de cabeça toldavam-lhe a visão. Afastou a toalha de si, acabando de limpar o sangue e vestiu-se. Olhou para o relógio, cinco e meia da manhã, boa altura para começar o dia, embora este nem sequer tivesse nascido ainda. Saiu do seu apartamento, ainda em jejum e carregou no botão do elevador. Logo se lembrou de no seu sonho ter descido pelas escadas a correr. A dor de cabeça ainda o atormentava, mas logo passaria pela farmácia para comprar algo. O elevador não tardou em chegar, entrou e carregou no menos um que iria dar à garagem. Estupidamente no sonho não se lembrou logo do carro. O seu toyota celica preto metalizado encontrava-se apenas a alguns metros da saída do elevador. Entrou pensando em sair dali para ir tomar o pequeno-almoço, mas lembrou-se que era demasiado cedo para que uma pastelaria estivesse aberta. De qualquer das formas saiu dali, conduzir ia faze-lo relaxar. Após alguns quilómetros resolveu parar um pouco. Não podia ir muito longe, a gasolina não seria infinita. Ficou a olhar para o relógio no carro, mas o tempo parecia não passar. Sete e vinte da manhã. Sete e vinte e um… sete e vinte e dois. tinha que sair dali. Fez um pião e voltou para trás. Olhou pelo espelho retrovisor para ver se já se poderia avistar algum carro pois até então não avistara nenhum. Saltou de susto quando viu os seus olhos reflectidos. Aqueles olhos verdes estavam completamente deformados e dilatados. Estavam vermelhos como sangue. E a sua pele estava cinzenta. Por pouco não se despistou, olhou novamente, já se encontrava normal. Desta vez só parou quando chegou a uma pastelaria perto do seu prédio, o que não demorou muito, visto a partir daí ter acelerado para velocidades consideráveis. Saiu do carro e caminhou alguns metros até à porta da pastelaria. As dores de cabeça já haviam acalmado, mas ainda não tinham cessado. Entrou, a pastelaria encontrava-se praticamente vazia, apenas lá estava uma empregada ensonada. Pensou no que comer, e decidiu que apenas ia beber um café, não conseguia meter nada no estômago. Não demorou lá muito tempo, tinha que ir trabalhar, tinha que se concentrar em algo. Olhou para um jornal pousado numa mesa quando ia a sair, sábado, já não se lembrava que estava no fim-de-semana, parecia que afinal não ia trabalhar. Assim que saiu da pastelaria a dor de cabeça voltou a intensificar-se. A visão toldou-se e quase que se apagou totalmente. Que dores, não sentia mais nada para além daquelas dores. Cuspiu sangue coagulado que ainda tinha na garganta. Andou até ao seu carro, mal lá conseguindo chegar. Tentou abrir o carro, mas não conseguia colocar a chave na fechadura. Mal se conseguia manter de pé, mal conseguia respirar. Desistiu. Sentou-se no chão para tentar recuperar. Baixou a cabeça e recomeçou a sangrar. Passado alguns minutos foi abordado por alguém que o pontapeou levemente e o chamou. Levantou a cabeça e viu uma sombra ao longe num beco, uma sombra com os olhos vermelhos que rapidamente desapareceu do seu campo de visão.
-O senhor está bem? – Perguntou uma voz próxima de si.
Levantou os olhos pesarosamente para ver quem era o interlocutor daquela pergunta. Apenas teve tempo de esboçar um pequeno não antes de desmaiar.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pesadelos - II

Sangue, a sua almofada estava ensopada em sangue. Saiu da sua cama assustado, caindo ao chão. Estava encharcado em suor frio e achou deveras estranho sentir algo quente no seu chão. Não sabia se queria saber o que era aquele líquido quente e um pouco espesso, no entanto abriu os olhos. No chão estava uma grande poça de sangue que escorria da sua cama. Não ia ver o que lá se encontrava. Levantou-se de sobressalto, vestiu a primeira coisa que encontrou e saiu dali a correr. Vivia num quarto andar, carregou no botão do elevador, mas não conseguia esperar. Correu pelas escadas sem sequer ver por onde ia. Tudo lhe doía, mas não conseguia dizer exactamente o quê. Todo o seu corpo estava ao rubro, sentia que este se estilhaçava por dentro. Saiu do seu prédio por fim. Era muito tarde, não se via ninguém a pé na rua, apenas um ou outro carro andava pela estrada, a velocidades relativamente elevadas. Olhou para o céu sem nuvens bastante estrelado pensando no que lhe estava a acontecer. Continuou a olhar para aquele céu e para aquela lua cheia durante alguns minutos até que resolveu sair dali, não sabia o que se passava com ele ou com aquele lugar, só sabia que não poderia ficar ali especado. Virou à direita, não sabia para onde ia, mas isso não era muito importante. Começou a correr. Ouviu paços, paços que não eram os seus e abrandou. Ouvia os paços à sua frente mas não via nada nem ninguém. Perguntou-se se não seria melhor voltar para trás, mas não podia ter medo de tudo à sua volta, tinha de continuar em frente. Saiu da luz do candeeiro que estava por cima de si e viu o dono dos paços, ou pelo menos a sua sombra. Olhou durante uns segundos, mas apenas viu a sombra que não se apercebera da sua presença. Estacou por fim. A sombra não tinha realmente um dono, era apenas uma sombra que se movia espontaneamente. A sombra tinha uma forma humanóide, talvez um pouco mais alta e fina que o normal. Também a sombra parou. Não podia ser bom sinal. Esta virou-se para trás, para ele e este viu a sua face que o fez cair para o chão de costas. Tinha uns olhos vermelhos e fundos, e o seu rosto era cadavérico. Levantou-se e correu na direcção de onde havia vindo ainda agora. Ao virar da esquina viu algo estendido no chão. Era um homem, mas tinha o rosto coberto com um boné. Rapidamente se aproximou dele para ver se este se encontrava bem. Levantou o boné e o seu estômago deu duas voltas. O rapaz, que deveria ter aproximadamente dezassete anos não possuía olhos, tendo apenas dois buracos no globo ocular, e a sua pele apresentava um tom enegrecido e seco. Voltou a correr. Mas não foi muito longe, uns metros mais a frente sentiu uma mão fria segura-lo no ombro para que este se voltasse para trás. Aquela mão parecia feita de gelo pois sentiu-a por cima da roupa. Voltou-se, mas nada viu. Apenas sentiu um frio que o gelava por dentro. As lágrimas soltaram-se dos seus olhos por instantes e lembrou-se de alguém. Tinha que a encontrar. Correu na direcção do seu prédio, afinal de contas, tinha sido estúpido em ter saído a pé. A luz da lua foi subitamente tapada por uma enorme nuvem. Não ligou, apenas queria chegar a casa para fugir dali. Em corrida não demorou muito tempo a chegar à entrada do seu prédio, mas antes não o tivesse feito, à entrada encontrou o porteiro enforcado com uma corrente bastante grossa. Ele pingava sangue, formando por baixo de si uma poça de sangue. Segundos depois começaram-se a aglomerar mosquitos à sua volta. Foi então que olhou para o céu novamente e viu que aquela gigantesca nuvem que tapava o céu de toda a cidade estava viva, era uma nuvem de insectos. Ouviu um grito. Um grito de mulher mesmo à sua frente. Era ela. Estava do outro lado da rua, apenas tinha da atravessar. Também ela começava a ser atacada por mosquitos. Correu na sua direcção, mais uns metros e iria alcançar a mulher que amava. Então vindo do nada, como se de uma corrente de ar se tratasse, apareceu um enorme camião que lhe acertou em cheio desfazendo o seu corpo… pelo menos morreria a olhar para a coisa mais bela que já vira.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Pesadelos

Que dores! Não aguentava mais. Parecia que ia rebentar, mas não rebentava e uma vez para tudo parar! As lágrimas corriam desenfreadamente pelos seus olhos. A sua cara no chão deitada por cima de uma poça de lama e sangue, parecia contorcer-se de dor. Já não sabia bem o que doía. Se a carne ou a alma. Não conseguia manter os olhos abertos, não conseguia ver, ou talvez apenas não quisesse. Queria sair dali, queria morrer. Mas ninguém o deixava, sentia as correntes frias prende-lo ao chão. As correntes não o prendiam apenas, também o trespassavam e puxavam para todos os lados nunca o levando para nenhum, nunca o tirando dali e nunca lhe acabando com todo aquele sofrimento. Estava a agoniar, a lama começava a entrar-lhe pelo nariz e boca. Queria cuspir, queria respirar, no entanto queria morrer, mas nada conseguia fazer. Nova estocada nas costas, esta obrigou-o a cuspir algo que era mais que terra e mais que simples sangue. Não abriu os olhos, não queria ver o que acabara de cuspir. Ouviu um grande barulho, pareciam paços e uma enorme maquinaria. Sentiu um cheiro a queimado e um grito de mulher e outro de criança. Abriu os olhos por um segundo. Apenas viu sangue e vísceras ao seu redor. Não precisava ver a mulher e a criança para saber quem eram. Tinha de sair dali, tinha de fazer algo antes de morrer. Puxou, usou toda a sua força para se levantar do chão. Rasgou a sua carne, enquanto que as lágrimas rasgavam a sua cara, mas não se ergueu mais de dez centímetros do chão. Os paços de um homem aproximaram-se o suficiente para o pontapear na cara. Queria perguntar porque mas a única coisa que saiu da sua boca foram alguns dentes, sangue e pedaços de carne que não sabia de onde vinham, e preferia continuar naquela ignorância. Os gritos cessaram e o simples cheiro a queimado deu lugar a um intenso cheiro a morte. Parou de se debater, já não sentia, já não queria saber daquele mundo, daquele corpo. Apenas desejava morrer. Não importava para onde ia, ou o que acontecia, não importava se havia vida depois da morte ou não. A maquinaria estava perto, quase que lhe tocava. Sentia o vento de pequenas hélices que rodopiavam junto aos seus pés. Seria aquele o fim? Esperava que sim. Apenas mais um segundo e tudo iria terminar.
Abriu os olhos encharcado em suor. Mais uma vez aquele sonho. Gostava de pelo menos uma noite poder dormir e não sonhar com nada. Mas nos últimos tempos isso parecia impossível. Olhou para a almofada, molhada como sempre, e pulou de susto. Não queria acreditar no que via…

Matem-me

Mais um dia para esquecer.
MATEM-ME!!

(P.S. parabéns priminha)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Noite gelada


Primeira noite sozinho. Não que nunca tivesse estado sozinho à noite, em casa ou mesmo na rua, mas desta vez era diferente. Para o resto do mundo aquela era uma noite importante, uma das noites mais importantes do ano. Mas só queria estar sozinho, há muito tempo que queria passar assim aquela noite, já que não a poderia passar com a pessoa que era a sua vida. Aquele pequeno abismo sem fundo na escuridão da noite, era um dos poucos sítios onde poderia estar sozinho completamente em paz. A única luz visível era a pequena chama de uma vela já um pouco gasta no meio das sombras. A sua única ligação com o resto do mundo era o seu telemóvel, que apenas ia usar para ligar a uma pessoa. Sentiu uma brisa suave, a luz ali existente tremeu, mas pareceu não ter sido a única coisa a tremer. Ele tremera com a luz e com as sombras, tremera com a brisa. Há muito que queria estar ali naquela noite sozinho, mas agora não queria estar sozinho. Olhou para o telemóvel para ver as horas, faltavam apenas alguns minutos. Olhara com mais atenção, só agora reparara que estava a ficar sem bateria. Aquilo não era bom sinal. Esperava que a bateria durasse pelo menos mais alguns minutos. Ouviu algo ao longe, galhos a partirem, pelo menos era o que o som aparentava. Provavelmente seria apenas um pequeno animal. Nova brisa. Desta vez a chama da vela quase esvaneceu, não fossem os seus reflexos rápidos para se colocar em frente a ela para que esta não apanhasse com o vento. Tremeu, tremeu de frio, ele que nunca sentira frio, agora tremia com uma simples brisa. Olhou para o vazio, lembrando-se da sua vida, de tudo o que passara naquele ano e então lembrou-se novamente que estava sozinho. Tentou controlar-se, mas não muito, ninguém o veria por isso não se importava. Uma pequena gota escorreu pelo seu rosto. Uma gota salgada proveniente de um dos seus olhos. Não queria estar sozinho. Não por ter medo da solidão, apenas por querer estar com uma pessoa, uma pessoa muito especial. Era a pessoa que mais amava em todo o mundo mas que no entanto naquele momento se encontrava muito longe dali. Varias lágrimas se seguiram à primeira. Mais uma vez pegou no telemóvel para ver as horas, estava no último minuto. De repente ouviu um grande estrondo vindo dos céus, e as suas lágrimas misturaram-se com os rios que vinham das nuvens. A vela apagou em menos de um segundo, enquanto que ele ficou ensopado. Meia-noite. Era o momento de ligar, mas então sentiu o telemóvel vibrar. Alguém lhe ligava. Atendeu com o coração aos saltos. “Feliz ano novo!” ouviu da voz mais doce que conhecia, ao que respondeu, “feliz ano novo!” enquanto que as suas lágrimas já teriam um caudal que poderia ser comparado ao da chuva. Não disseram mais nada durante alguns segundos. Então, mesmo antes da bateria terminar disse “amo-te”. Em seguida apenas ficou o silencio da chuva. Estava completamente sozinho como um dia quisera, sem qualquer luz ou ligação com o mundo. Sentou-se. Um novo ano começara, e ele só queria que este terminasse.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

cabeleireira?


Aqui estou eu, num dos sítios mais improváveis para eu estar, cabeleireira! Mais uma grande seca, mas também já estou habituado. Estou cansado, vim a pé para aqui. Já há algum tempo que não corto o cabelo, estou mesmo a precisar, mas não vou cortar muito, há uma pessoa que gosta que eu tenha o cabelo grande. Aliás, não é só uma pessoa. Bem vamos ver no que isto vai dar, para além da seca claro. Ainda bem que trouxe o portátil, caso contrário teria mesmo de me sujeitar à conversa de cabeleireiro e a uma novela que está a dar na tv. Assim pelo menos estou a ouvir a minha música, escrever um pouco (embora nada do que esteja a escrever faça o mínimo de sentido) e falar com a pessoa mais bela da minha vida. Para melhorar as coisas estou a ficar com fome. Bem, pelo menos amanhã é sábado. Finalmente um dia de descanso, embora eu tenha de estudar para dois testes na segunda-feira, nem quero pensar nisso. O pior é que tenho dois na segunda-feira e mais dois nesta próxima semana. Vai ser bonito vai. Mas com um pouco de sorte amanhã vou ao cinema ver um grande filme, saw VII, e à noite vou ao teatro. Mas entretanto ainda tenho de sair daqui com o cabelo cortado, e ao que parece, ainda vai demorar um pouco, tempo suficiente para ficar sem bateria. Ainda por cima vou ter de ir para casa a pé…
Ah é verdade, tenho uma mensagem para uma pessoa que eu adoro, a minha melhor amiga. A mensagem é: VOU-TE MATAR DANIELA!!

não sei...


Não sei sobre que escrever. Já não sei que dizer. Nada mais parece fazer sentido. Estou apenas cansado… cansado de estar aqui, cansado desta vida dramática e obrigatoriamente melancólica. Quero que isto termine, quero que o tempo passe mais depressa, quero que esta dor termine. Quero estar com a pessoa que amo. Quero estar com ela todos os dias da minha vida. Quero ficar com ela para sempre. Mas já não o peço, sei que de nada me serve pedir. Para conseguir algo tenho de ser eu a lutar por isso. Por ela enfrento tudo, mas é um pouco difícil estar sempre a lutar quando mais ninguém para além dela me apoia. Também não preciso de apoio, não preciso de nada nem ninguém, só preciso dela. Mas é a ela que eu não tenho aqui… é ela que me falta. Que faço eu aqui? Não sei, sinceramente já não sei… não tenho vontade de aqui estar, não tenho vontade de aqui viver, não assim. A solidão sempre foi uma das minhas melhores companhias, mas já nem esta me anima. Nada me anima, só ela o consegue realmente fazer. Não quero ficar mais aqui. Não, a menos que ela esteja comigo. Eu sei que ainda agora estivemos juntos, sei que as pessoas acham que exagero quando digo que não consigo viver sem ti, mas é verdade, as saudades que sinto, a dor que sinto por não a ter aqui, é enorme. Sinto um vazio que apenas o amor dela consegue preencher, apenas ela consegue preencher. Quero voltar a sentir-me inteiro.